Na semana passada o Bom Dia MS começou a exibir uma série de
reportagens sobre um projeto de pesquisa que está salvando a arara-azul do risco
de extinção no Brasil. No Pantanal sul-mato-grossense, a ave já não está mais
ameaçada, mas a espécie ainda está em perigo. Especialistas estimam que mais de
10 mil araras-azuis já foram capturadas e vendidas pelos traficantes de animais.
A primeira reportagem conta a trajetória de 23 anos de trabalho da bióloga Neiva
Guedes.
No início, a pesquisadora saía à pé pelos
campos. Depois, conseguiu patrocínio e um veículo traçado para percorrer as
estradas pantaneiras e alcançar recantos isolados. Os fazendeiros começaram a
abriram as porteiras para a pesquisa. Até então, não existiam estudos
científicos sobre a arara-azul.
A fazenda Baú, no Pantanal da Nhecolândia,
foi uma das primeiras propriedades monitoradas pelo projeto Arara-Azul, dez anos
atrás. Na propriedade há uma área de alimentação das aves batizada de capão das
araras. Sete ninhos já foram identificados no pedaço de mata. As araras-azuis
voltam sempre para a mesma árvore para botar os ovos.
Atualmente, mais de 100 fazendas em
Mato Grosso do Sul e Mato Grosso colaboram com o projeto. Os pesquisadores,
que antes queriam estudar a maior de todas as araras, descobriram que a
conservação da espécie depende do equilíbrio. Por isso, a pesquisa se estendeu
para outras 17 espécies que interagem ou convivem com as araras-azuis.
Fonte: Globo
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