quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Llanos de Moxos, na Amazônia boliviana, é declarada maior área úmida do mundo


Trinidad, Bolívia - Para marcar o Dia Mundial das Áreas Úmidas, celebrado no último dia 2 de fevereiro, a Convenção de Ramsar sobre Áreas Úmidas de Importância Internacional designou seu maior sítio Ramsar. Com mais de 6,9 milhões de hectares, Llanos de Moxos é equivalente ao tamanho da Holanda e Bélgica juntas. As áreas úmidas são importantes por sua rica diversidade natural, bem como o seu valor cultural.

"O bioma amazônico, que abrange nove países, oferece abrigo a espécies nativas e a milhões de pessoas que vivem lá - e desempenha um papel essencial na regulação do clima que todos nós dependemos. Áreas úmidas saudáveis colaboram para o bom funcionamento do toda a Amazônia."

Llanos de Moxos, localizados perto da fronteira com a Bolívia, Peru e Brasil, consiste de savanas tropicais, com secas cíclicas e inundações. Estas áreas úmidas são especialmente importantes por sua rica biodiversidade: 131 espécies de mamíferos foram identificados até o momento, 568 diferentes aves, 102 de répteis, 62 de anfíbios, 625 de peixes e pelo menos 1.000 espécies de plantas. Várias espécies - incluindo a ariranha e o golfinho do rio boliviano - foram identificadas como vulneráveis, em perigo ou em risco crítico de extinção.

A região é cortada por três rios principais, o Beni, no oeste, o Iténez ou Guaporé para o leste, e o Mamoré, na região central. Estes rios convergem para formar o rio Madeira, o maior afluente sul do rio Amazonas.

As áreas úmidas Llanos de Moxos são importantes para evitar inundações, manter vazões mínimas nos rios durante a estação seca e regular o ciclo hidrológico da região.

A área é pouco povoada, composta por sete territórios indígenas e oito áreas protegidas. Comunidades camponesas e propriedades privadas também existem na região, dedicando-se principalmente à agricultura.

A região era habitada por culturas pré-colombianas de 800 aC a 1200 dC, como a "Cultura Hidráulica de Moxos", que se caracterizou pelo uso inteligente de infraestrutura hidráulica para a gestão da água do vasto território coberto de planícies inundáveis, que sustentou a produção agrícola intensiva e que permitiu a sobrevivência desses povos antigos.

"Reconhecemos o importante papel destas áreas úmidas para a conservação da Mãe Terra, assim como a importância da declaração confirmando Llanos de Moxos como áreas úmidas protegidas internacionalmente. Estamos orgulhosos de confirmar ao mundo que o governo da Bolívia está comprometido, em colaboração com os atores sociais, para assumir a preservação dessas áreas como evidência de nossos esforços para alcançar o desenvolvimento para todos os nossos cidadãos. Este é um passo importante à medida que continuar a criar uma relação verdadeiramente harmônica entre nossos povos e da Mãe Terra", afirmou Juan Pablo Cardozo Arnez, vice-ministro do Ambiente da Bolívia.


Confira aqui a matéria completa.



Fonte: Portal WWF Brasil

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