terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MS: Projeto inédito trata da negociação de créditos de carbono


Para incentivar a conservação das florestas e buscar alternativas financeiras para o produtor rural na região do Parque Nacional da Serra da Bodoquena em Mato Grosso do Sul, a Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e a Carbon Care International (CCI) firmaram parceria para construção de um projeto inédito no Estado, apresentado hoje (5). Trata-se do projeto REED Plus, uma sigla internacional que trata da Redução de Emissão de Desmatamento e da Degradação.

“Queremos buscar mecanismos para captação de recursos para aqueles produtores que estão impedidos de tocar sua produção e que ainda não foram indenizados desde a formação do parque”, afirma Eduardo Riedel, presidente da Famasul. Criado em 2000, o Parque tem previsão de área de 76,4 mil hectares abrangendo 68 propriedades dos municípios de Bonito, Bodoquena, Miranda e Porto Murtinho. Apenas 10% das propriedades foram indenizadas. “Nosso papel, além de lutar pela regularização da situação dos produtores rurais, é buscar alternativas de geração de renda com sustentabilidade ambiental”, complementa Riedel.

O conceito de REED é adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e prevê remunerar ações contra desmatamento e, assim, contribuir para diminuir as emissões de gases de efeito estufa. O pagamento é feito através da venda de créditos de carbono. “É uma pratica nova no mundo inteiro, mas a sociedade precisa pagar pelos serviços ambientais que a própria natureza presta”, explica Renato Roscoe, representante da CCI no Estado. Roscoe explica que no Brasil existem 46 projetos de REDD em andamento. “Essa semana, África do Sul é sede da COP 17, um evento da ONU que visa debater justamente os mecanismos de REDD no mundo”, complementa.

Pelo projeto serão levantados dados sobre o estoque de carbono do Parque da Bodoquena e regiao do entorno. “Também queremos buscar adesão do governo e de outras instituições”, afirma. Na reunião de hoje participaram a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Fundação Neotropica e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).



Fonte: Painel Florestal

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