Sem políticas de estímulo, empresas investem pouco em tecnologias verdes
Serão necessários entre US$ 75 bilhões e US$ 100 bilhões por ano para que os países em desenvolvimento se adaptem às mudanças climáticas, entre 2010 e 2050. A informação publicada pelo Banco Mundial vem acompanhada de um criterioso estudo demonstrando como a integração de políticas de gestão e o desenvolvimento de novas tecnologias se apresentam como as principais soluções para proteger a população mundial contra os efeitos das alterações no clima.
Serão necessários entre US$ 75 bilhões e US$ 100 bilhões por ano para que os países em desenvolvimento se adaptem às mudanças climáticas, entre 2010 e 2050. A informação publicada pelo Banco Mundial vem acompanhada de um criterioso estudo demonstrando como a integração de políticas de gestão e o desenvolvimento de novas tecnologias se apresentam como as principais soluções para proteger a população mundial contra os efeitos das alterações no clima.
Desde a ratificação do Protocolo de Kyoto, observa-se o comprometimento de um número cada vez maior de nações em prol da adaptação às mudanças do clima e da redução dos danos ao meio ambiente. Como resultado, vemos emergir novas políticas relacionadas ao aquecimento global e metas compulsórias e voluntárias visando à redução de emissões em diversos setores econômicos e industriais.
Entretanto, enquanto novas regulamentações criam políticas cada vez mais abrangentes, cresce a necessidade de tecnologias de baixo carbono que atendam às metas de redução de emissões. Energias renováveis, eficiência energética, substituição de combustível e manejo de resíduos são exemplos de onde é possível, hoje, desenvolver projetos de carbono.
Embora o número destes projetos tenha crescido significativamente, urge a necessidade de explorar novas frentes, dado que as emissões aumentam significativamente todo ano. Mesmo que investir alto em tecnologias mais agressivas, como geração eólica, não pareça a alternativa economicamente mais lógica, ainda é a melhor e mais rápida solução para resolver as principais questões envolvidas com as alterações do sistema climático. Prova de que o investimento compensa é o surgimento de programas incentivando tecnologias de produção mais limpa e fomentando a pesquisa e desenvolvimento na área, atrelados os fundos para projetos de carbono, buscando também a geração de conhecimento e transferência tecnológica. Mas ainda podemos tirar muito mais vantagens destes programas.
Seja para economias desenvolvidas ou em desenvolvimento, a garantia do bem estar das nações requer iniciativas em inovação tecnológica, empreendedorismo e criatividade para driblar os desafios das mudanças climáticas. E para que isso seja possível, é indispensável a criação de programas e investimentos que atraiam, apóiem e viabilizem as melhores idéias.
É o caso das políticas de mudanças climáticas nos três níveis: Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei federal n. 12.187/2009), Política Estadual de Mudanças Climáticas (Lei No. 13.798) e Política de Mudança do Clima no Município de São Paulo (Lei 14.993, de 5 de junho de 2009). As regras estão definidas, os setores foram apontados e as metas postas. Não há dúvidas de que é necessário que empresas lancem mão de inovações tecnológicas para adequarem às exigências legais e do mercado.
Por Ernesto Cavasin Neto, especialista em Sustentabilidade empresarial, Gerente Executivo da PricewaterhouseCoopers, Membro do Conselho da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono.
Por Ernesto Cavasin Neto, especialista em Sustentabilidade empresarial, Gerente Executivo da PricewaterhouseCoopers, Membro do Conselho da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono.
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